8 de Julho, 2014
Sr. Secretario de estado da alimentação e da Investigação Agroalimentar – Dr. Nuno Vieira e Brito 
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Dr. Carlos Miguel 
Srª. Presidente do Instituto Superior de Agronomia, Drª. Amarílis de Varennes 
Sr. Director Regional Adjunto da DRAPLVT, Eng. Jorge Capitão 
 Senhores Dirigentes associativos, caros associados, meus senhores e minhas senhoras,

A Câmara Municipal de Torres Vedras através do seu presidente, o Dr. Carlos Miguel endereçou o convite à AIHO para participar na Feira de S. Pedro e depois de muito trabalho e empenho dos nossos associados e realço a Campoeste, foi possível montar este stand e organizar estas Jornadas Técnicas que hoje damos início.

Desde já agradeço à Câmara Municipal de Torres Vedras e à Promotorres, a todos os patrocinadores, onde realço o apoio da Caixa de Crédito Agricola de Torres Vedras, agradeço também às empresas participantes, aos associados, aos colegas de direcção e um agradecimento especial ao Eng. Ricardo Vicente, técnico da AIHO, pois sem o seu trabalho não seria possível hoje estarmos aqui.

Com o Fórum Tecnologia e Horticultura queremos mostrar aos visitantes em geral, o melhor que a horticultura da região tem e queremos mostrar aos agricultores, a inovação e a tecnologia disponível.
Já decorreram 4 dias de feira, já nos visitaram uns milhares de pessoas e os ecos são muito positivos.
Daqui a pouco, a Associação vai assinar com o Instituto Superior de Agronomia, um Memorando de Entendimento para a apresentação de um Programa de Investigação de translação para o sector hortícola.
Esperamos que este projecto tenha financiamento no próximo quadro comunitário e que depois de executado, os resultados tragam para o setor mais inovação e tecnologia. Cá estaremos para trabalhar por isso. 
Hoje damos inicio às Jornadas técnicas e convidamos todos os interessados a participar. Todos os dias, de 2ª a 6ª feira a iniciar às 18h, um tema diferente por dia. Este espaço de debate e de aprendizagem conjunta tenta responder às nossas principais urgências: Hoje o tema é o Tratamento de resíduos e eficiência energética; Amanhã falamos de Fertilização de culturas e conservação do solo; Na quarta-feira, temos a promoção e valorização dos produtos hortofrutícolas no mercado nacional e internacional;
Na quinta-feira, o tema é o financiamento agrícola, o novo PDR e a inovação;
Terminamos na sexta-feira com a protecção das culturas hortícolas.
Vêm fazer comunicações, dirigentes associativos, de empresas e do setor público, técnicos de empresas e de serviços públicos, vamos ter também a participação de professores universitários e investigadores. Sabemos que as melhores respostas resultam sempre do trabalho colectivo, por isso esforçamo-nos para construir pontes. Espero que estas Jornadas contribuam para a continuação do desenvolvimento da horticultura da Região Oeste e do país, pois temos muitos intervenientes com muito para nos comunicar. 
A AIHO tem cerca de uma década e meia de existência, é uma associação regional que agrupa muitos agricultores, empresas e organizações do sector hortícola e já tem um longo trabalho em prol da horticultura da região:
As semanas hortícolas, foram uma referência no passado; os projectos de investigação e desenvolvimento desenvolvidos com as Universidades; os projectos de promoção; a formação profissional para agricultores e em especial para técnicos; os colóquios temáticos; as reuniões de trabalho entre os associados para debater assuntos do momento; a representação do sector junto do Governo.
Destaco o trabalho realizado com os vários intervenientes, na reconstrução das nossas infraestruturas, depois do ciclone que devastou a nossa região, no dia 19 de Dezembro de 2009.
E destaco também o papel da associação na ajuda aos nossos associados nas retiradas de Tomate, Pepino e Pimento, em 2012, na crise da Ecoli.
Algumas preocupações:
A agricultura está na moda! Pelo menos é o que a opinião pública acha!
Será que o sector sente o mesmo? Será que estamos com uma boa taxa de rendibilidade?
Preocupa-nos quem chega de novo ao setor, em especial os jovens agricultores! Quem os protege?
Se em 2009 tivemos um ciclone que nos devastou as estufas, actualmente estamos no centro de um outro ciclone! O mercado!
Para este, a nossa estratégia, requer muito trabalho e cooperação.
Os preços médios, à produção da última campanha não cobrem os custos! Temos culturas que nem são colhidas e são pagas a preços irrisórios, como é o caso do preço da batata, que em muitos casos, está a ser paga à produção a 5 cêntimos o quilo.
Também o alho francês, as cenouras, as couves, o tomate e a alface na última campanha tiveram preços muito, muito baixos.
O mercado nacional é dominado pela grande distribuição e a nossa capacidade de negociação não é a melhor. No mercado internacional a concorrência é grande e as janelas de oportunidade são cada vez menores. Só nos resta uma solução, a cooperação. Será que temos força?
Deixo esta interrogação e desejo a todos, os que vão participar, umas boas jornadas.
Eng. António Gomes
Presidente da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste
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