26 de Novembro, 2012
Quase duas centenas de profissionais e estudantes do sector hortícola de todo o país estiveram presentes no simpósio “As culturas sem solo e as novas tecnologias”, iniciativa promovida pela Sociedade das Ciências Agrárias (SCAP), em colaboração com a AIHO e a Câmara Municipal de Torres Vedras. Esta iniciativa contou com as intervenções de diversos professores universitários e técnicos que operam na região. Foi um espaço de conversa onde a investigação científica se encontrou com a prática e a experiência de quem pratica agricultura.
Veja a apresentação da AIHO aqui.

Livro de resumos (aqui).

RESUMO:
O papel da AIHO no
desenvolvimento da horticultura do oeste

A Associação
Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) foi fundada no ano
2000 e desde então reúne diversos agentes económicos relacionados com a fileira
hortícola da Região Oeste de Portugal. Produtores, cooperativas, associações,
comerciantes e empresas prestadoras de serviços encontram-se numa associação
que as representa, contribuindo de diversas formas para a dinamização do sector
e promoção da excelência dos seus produtos e serviços. As quotas da AIHO
dependem do valor de facturação dos sócios, possibilitando desta forma a
integração de entidades de diferentes dimensões.

Entre as muitas actividades desenvolvidas pela AIHO, destacamos
as acções de formação, o desenvolvimento e acompanhamento de projectos, a
participação em acções de marketing e internacionalização de produtos, o
desenvolvimento de protocolos e parcerias empresariais, a representação do
sector e contacto com diversos actores sociais (ministérios, partidos
políticos, imprensa, associações, etc.), a publicação de documentação técnica e
a elaboração de ensaios de campo.

Ao longo da sua história o papel da AIHO adaptou-se sempre
às necessidades e às dificuldades concretas de cada momento, tendo assumido
responsabilidades diversas. Desde a promoção e colaboração no desenvolvimento
da protecção e, mais tarde, da produção integrada até à implementação dos
actuais sistemas de culturas sem solo, a AIHO tem sido um pólo dinamizador no
desenvolvimento de novas práticas e conhecimentos, assim como na implementação
de novas tecnologias. Após as intempéries ocorridas em Dezembro de 2009 assumiu
um papel fundamental para a recuperação do potencial produtivo da região, que
apesar de todos os danos causados se transformou num impulso para a
implementação de infra-estruturas e equipamentos mais modernos. Em 2011,
durante a crise da E. coli que desvalorizou brutalmente os produtos hortícolas
no mercado em consequência da contracção do consumo europeu, a AIHO voltou a
assumir um papel fundamental para a região numa situação de crise, pois
possibilitou em conjunto com a Agrocamprest, CRL a retirada de produto do
mercado a centenas de produtores hortícolas não integrados em nenhuma
Organização de Produtores. Em 2012, numa acção de sensibilização a iniciativa Horticultura do Oeste abre portas à
sociedade levou o melhor da horticultura às cantinas das escolas de ensino
básico e ao ensino profissional da região e possibilitou à sociedade civil a
visita aos nossos campos e centrais hortícolas.

Com frequência a AIHO organiza reuniões de técnicos onde se
discutem os problemas concretos detectados no campo e se apontam possíveis
resoluções. Discutem-se necessidades de formação e desenham-se novos ensaios
que contribuem para o desenvolvimento da horticultura da região como um todo.
De forma a rentabilizar e articular esforços a aposta nas
novas tecnologias de comunicação tem sido uma realidade, as bases de dados
partilhadas na internet e a divulgação de informação via newsletter e redes
sociais têm contribuído para um melhor funcionamento da organização.
Como desafios para o futuro da horticultura da região e para
os quais a AIHO terá um papel importante destacam-se as seguintes ideias:

  • Promoção
    do associativismo;
  • Contribuir
    para o fortalecimento de um tecido produtivo e competitivo pela via do
    conhecimento e implementação de novas tecnologias;
  • Procurar
    formas de valorizar os produtos no mercado através da exportação, da melhoria
    de qualidade da produção mas também de uma maior justiça na formulação de preços;
  • Promover
    o desenvolvimento de sinergias dentro e fora do sector hortícola;
  • Procurar
    formas mais sustentáveis de produção do ponto de vista ambiental, económico e
    social – um grande desafio a considerar em tempos de crise.

Eng. Ricardo
Vicente
Categorias: Noticias

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